Saturday, August 23, 2014

Tuesday, August 12, 2014

"cruzar adiante, não segurar"

Walpola Rahula (Sri Lanka, 1907 ~ 1997):
[...] o Buda disse: “Uma pessoa tem uma fé. Se ela diz: ‘Esta é a minha fé’, até aqui ela mantém a verdade. Mas ela não deve chegar à conclusão absoluta: ‘Só esta é a Verdade, todo o restante é falso’. [...] Se apegar a determinada visão e menosprezar outras, como algo inferior, isto os sábios definem como estar acorrentado”.
Certa vez, o Buda explicou a doutrina sobre causa e efeito aos discípulos, que disseram ter enxergado e compreendido claramente. Então o Buda disse:
“Ó monges, mesmo essa visão, que é tão pura e clara, se se apegarem a ela, se a prezarem, como um tesouro, se se prenderem a ela, então vocês não compreendem que o ensinamento é como uma canoa, que serve para cruzar adiante, e não para segurá-la.”
“What the Buddha Taught”, loc. 509

(retirado do darma.info)

Thursday, August 7, 2014

outras fachadas, outras romarias.

 E ao ouvir o novo álbum de B Fachada

Depois não digas que não gostas
gostas
De mais perguntas que respostas
gostas
Ter as lembranças todas tortas
gostas
O mar pela frente e a cruz às costas
gostas
gostas

...voltou-se ao "B Fachada é para meninos", de onde se retiraram estes excertos.

"vou ser só aquilo que gosto ou vou gostar daquilo que sou (...) tudo pode acontecer também eu quando eu for grande vou ter fé vou ter acções vou comprar os meus problemas ou vender as soluções vou gostar daquilo que faço ou fazer aquilo que sou vou pagar pelo meu futuro para chegar a ser avô saber quem vou ser (...) tudo pode acontecer."
 
"tó-zé tu tem cuidado não seja pau mandado antes louco e malcriado que pensar só de emprestado toda a vida te vão dar o mundo já bem mastigado tu começa a praticar para não ficares moralizado."

Foto: Doclisboa

"és melancómico já foste cínico tens dessa sina de passar o tempo atónito és económico um pouco cénico tens muita vida para fazer amor platónico és engraçado bem cultivado estás no presente a preparar o teu passado és analógico estás sempre alérgico espalhas pelo bairro o teu requinte gastronómico és puro-irónico és um bom cantor-afónico apesar do jeito tímido és um prato oh melancómico és verdadeiro poeta por inteiro já só te falta ter um gato e um marinheiro sou melancómico um pouco cínico tenho essa sina de passar o tempo atónito sou económico também sou cénico há muita vida para fazer amor platónico sou engraçado bem cultivado estou no presente a preparar o meu passado."

Saturday, August 2, 2014

alguns bija mantras.

Do livro "Ayurvedic Healing: a comprehensive guide", de David Frawley, uma breve descrição das potencialidades dos bija mantras "om, shrim, ram, hum, aim, krim, klim, sham, hrim":




Om shreem hreem kleem gloum gam ganapatye varavarada saravajanam me vashamaanaya swaahaa.



E a respiração para o bija mantra, "SO HUM",


Friday, August 1, 2014

"Canção do Homem"

 Da poetisa africana Tolba Phanem,

"Quando uma mulher de certa tribo da África sabe que está grávida, segue para a selva com outras mulheres, e juntas rezam e meditam até que aparece ” A canção da criança”.
Quando nasce a criança, a comunidade se junta e lhe cantam sua canção. Logo, quando a criança começa sua educação, o povo se junta e lhe canta a sua canção.
Quando se torna adulto, a gente se junta novamente e canta.
Quando chega o momento de seu casamento, a pessoa escuta sua canção.
Finalmente, quando a sua alma está para ir-se deste mundo, a família e amigos aproximam-se e, como em seu nascimento, cantam sua canção para acompanhá-la na “viagem”.
Nesta tribo da África, tem outra ocasião na qual os homens cantam a canção.
Se em algum momento da vida a pessoa comete um crime ou um ato social aberrante, levam-no até o centro do povoado e a gente da comunidade forma um círculo ao seu redor. Então lhe cantam “sua canção.”
A tribo reconhece que a correção para as condutas antisociais não é o castigo; é o amor e a lembrança de sua verdadeira identidade. Quando reconhecemos nossa própria canção, já não temos desejo nem necessidade de prejudicar ninguém.
Teus amigos conhecem a “tua canção”. E a cantam quando a esqueces. Aqueles que te amam não podem ser enganados pelos erros que cometes, ou as escuras imagens que mostras aos demais. Eles recordam tua beleza quanto te sentes feio, tua totalidade quando estás quebrado, tua inocência quando te sentes culpado e teu propósito quando estás confuso."


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