Friday, January 29, 2016

noc noc, Universo!? daqui é a Gratidão!

Carta para os amigos do coraçon,

Nestas vidas aceleradas, em que andamos em contra-tempo, constantemente, o tempo é escasso para muitas coisas que sabemos, à partida, que nos até nos fariam bem. Por que não tirar um minutinho por dia (ao acordar ou ao deitar, por exemplo, como se fizesse parte da nossa higiene) para agradecer o facto de estarmos vivos, termos saúde, termos um coração, por (ainda!) termos natureza aqui tão perto e podermos contemplá-la...(?) “A beleza da Natureza é uma dádiva que cultiva a apreciação e a gratidão.” (Louie Schwartzberg)

Tirar tempo para agradecer. Tempo esse que podem ser apenas uns segundos diários. Se não conseguirmos fazê-lo nas nossas rotinas em casa, antes de sair ou quando chegamos a casa, por que não fazê-lo nos transportes públicos e/ou no carro? Quando nos dirigimos para determinado sítio ou mesmo o local de trabalho? Podíamos inverter o padrão das coisas…Se por acaso são daqueles condutores que se transfiguram por completo, à frente do volante, se por acaso a vossa energia toma conta de vocês e arrebata qualquer intenção e promessa de auto-controlo e, quando nem se apercebem, já estão a “bufar” e a protestar contra meio mundo que resolveu, também, sair de carro e atravessar-vos à frente (nota: ler esta passagem com ironia, claro), que melhor do que aproveitar esses momentos para respirar fundo e agradecer por alguma coisa?

Estarmos gratos por tudo aquilo que nos rodeia, pelos laços afectivos – sem eles, quem seriamos nós? – pela família (aqui também entram os de 4 patas!), pelos amigos, pelas relações que construímos com os outros. E agradecer por termos acesso a alguns dos bens materiais básicos e recursos mais necessários, seja uma cama confortável, ou mesmo podermos ter acesso a água (potável!)... enfim... Agradecer por termos Amor e este quentinho no coração, que tantas vezes ignoramos, não nos lembramos ou simplesmente, habituamo-nos a tomá-lo como garantido.
Há dias, num workshop de yoga com a minha querida amiga e professora Catarina Mota, ela dizia algo como “nunca parto para as práticas/posturas com a sensação de as ter como garantidas. Devemos fazê-lo com a humildade de quem nunca praticou.” Ou seja, não é por ser praticante de yoga há 20 anos que vou começar uma prática com a certeza e garantia de que o meu corpo vai responder a determinado desafio/estímulo de determinada maneira. Por que não aplicar a mesma lógica a tudo na vida? Evitar viver como se tudo fosse garantido, como se as coisas tivessem no mesmo sítio, à mesma hora, e nós comportarmo-nos assim, dessa mesma forma. Como se a vida e tudo o que ela traz fosse garantida. Não é. Nada é certo na vida. Só que estamos aqui de passagem e que tudo é impermanente. Então, por que não viver com essa consciência e, acima de tudo, com essa humildade? Viver como se fosse novidade, com o respeito e consciência de que as pessoas e as coisas não estão aqui para sempre.
Estarmos gratos por termos dignidade que todo o ser humano deveria ter. Às vezes, só perante situações extremas é que o fazemos, como se vivêssemos numa amnésia constante, que só perante a ameaça passa a fazer sentido lembrarmo-nos de que nos esquecemos de agradecer.

​Aproveito para partilhar uma imagem que a minha amiguinha Su me enviou ontem e - discursos new age à parte - a verdade passa algures por aqui... Se focarmos a nossa energia e atenção em determinada direcção, as respostas surgem-nos e as coisas fluem para onde têm de fluir. As coisas andam por aí no sítio certo como também ouço muitas vezes. Nós é que não, ou pelo menos, nem sempre.


Alguns de vocês partilham as mesmas experiências (ainda que vivenciadas por cada um de forma diferente, há sempre pontos que se tocam!), aquela sensação de serem uma espécie de esponja, como se tivessem umas antenas e detectassem todas as vibrações estranhas (ou aquelas que vocês sentem como as menos boas!) para vocês... Por exemplo, andar de transportes públicos, ir ao supermercado e, de repente, tudo o que pode representar estranheza e nonsense acontece ao vosso lado...Parece que determinadas situações vos “perseguem”, seja assistirem a discussões e sentirem-se constrangidos, seja o que for. Confesso ter dias em que não consigo abstrair-me e focar-me e "apanho" com isso tudo...E depois sinto-me, naturalmente, esgotada. Curioso que durante muito tempo pensei que as coisas aconteciam assim por mero acaso, não entendia porquê...Mas até profissionalmente, quando fazia, por ex., emissões ao vivo pelas ruas do Porto, os colegas já sabiam e até brincavam com a situação, que o pessoal descompensado vinha sempre ter comigo...E eu...”caramba, mas que raio!?”
Entretanto, fui-me “apercebendo”...Além de eu demonstrar disponibilidade e abertura para toda a gente, naturalmente que as pessoas vão ao encontro de quem está mais disponível e não de quem está fechado…Mas não podia ser só isso. Eu própria tinha de emitir determinadas energias para isso acontecer, não é? Nós atraímos aquilo que emitimos. Nós emitimos determinadas frequências e, assim, conduzimos a nossa energia em direcção a X, Y, Z.

E é como diz na imagem partilhada, em vez de passarmos a vida apenas a absorver determinadas energias, quando começamos a emitir determinadas frequências, esse cenário vai-se dissipando e temos boas “surpresas” (principalmente, numa altura de tantas velocidades, em que andamos todos a correr de um lado para o outro e, como diz outra amiga minha, para chegarmos a lado nenhum!). Ou seja, uma coisa são os factores externos que nem sempre controlamos, outra coisa é nós sermos protagonistas da nossa acção. Premissa: eu emito determinada energia, eu emito determinada vibração, logo, isso permite que o Universo me devolva o mesmo “cumprimento de onda”. Não é fazer o que nos apetece, sem qualquer consciência e esperar que o “Universo” dê as respostas…Como muitos de nós até podemos pensar e como muitos discursos new age proliferam por aí. “Se isto foi assim é porque tinha de ser”, demitindo-nos completamente de toda e qualquer responsabilidade. O limbo entre aceitar e perceber que a nossa postura e a lente com que vemos o mundo influencia tudo o que nos é “devolvido” e acreditar que, independentemente das nossas acções, o Universo é que dita tudo, é demasiado ténue. E, por vezes, o nosso ego escuda-se em demasia nesse padrão de pensamento e, consecutivamente, comportamento. Há que estar atento a todos estes processos. Senão, corremos o risco de ficarmos presos a lógicas e processos que são o oposto daquilo que, aparentemente, acreditamos que deveriam ser.

Sejamos conscientes mas não passemos todos os momentos a analisar tudo, sejamos flexíveis mas não rocemos a condescendência e permitamos a preguicite de comportamento, sejamos atentos mas não excessivamente ao ponto de não conseguir relaxar. Sejamos seres espirituais mas não caiemos no tal discurso new age referido há pouco, do “o Universo decide”, como se de uma força única se tratasse e nós não pertencêssemos ao mesmo. Sejamos como o bambu, firme (com a tensão necessária, e como em tudo na vida, na dose certa!) mas com a flexibilidade necessária para dobrar e não quebrar. Sejamos felizes mas, preferencialmente, que a felicidade não seja um objectivo específico de vida, antes sim uma forma de estar. Sejamos, portanto, felizes em vez de nos limitarmos a “estar” felizes (e salve língua portuguesa q nos permite estas diferenciações ontológicas).

E duas referências de qualidade que motivaram este desabafo em tom coloquial:



Wednesday, January 27, 2016

"you can't teach heart."

uma coisa é ser crente, outra coisa é ser naif e teimar em querer partilhar com quem não quer.
será que sim? será que não?




Tuesday, January 26, 2016

"you're my chocolate"

E que coisa tão boa. Como este sol que penetra na negritude dos dias invernosos mais frios. É mesmo um "chocolate".
Mas não é Savages, a banda londrina... É um produtor húngaro e o álbum é "Five finger discount". Yummy.



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