Sunday, November 30, 2008

Thursday, November 27, 2008

E se fossemos todos à...?


Hoje apetece-me mandar meio mundo à merda.
Pelo socialmente correcto e pelo non sense emocional,
Pelo auto-controlo necessário para a correria infernal,
Pela ginástica mental necessária que finge sustentar o entorpecimento aparente.

Hoje apetece-me
mandar-me à merda.

Wednesday, November 26, 2008

Wednesday, November 19, 2008

Podemos ser razoáveis? Só um bocadinho?


A velocidade de tanto bite reforça-me a vontade de berrar: anacronismo!
E andarmos menos rápido um bocadinho, não?

O que inspirou este desabafo. Dear god:

"Twitter, Flickr, Facebook Make Blogs Look So 2004"

sem valor.


Confesso não entender a esperança como que falaciosa que as boas notícias nos transmitem...

Amostra sem valor

Eu sei que o meu desespero não interessa a ninguém.
Cada um tem o seu, pessoal e intransmissível:
com ele se entretém
e se julga intangível.

Eu sei que a Humanidade é mais gente do que eu,
sei que o Mundo é maior do que o bairro onde habito,
que o respirar de um só, mesmo que seja o meu,
não pesa num total que tende para infinito.

Eu sei que as dimensões impiedosos da Vida
ignoram todo o homem, dissolvem-no, e, contudo,
nesta insignificância, gratuita e desvalida,
Universo sou eu, com nebulosas e tudo.


António Gedeão

Saturday, November 15, 2008

Ilha no palamber!


O Ilha Electrónica teve, recentemente, uma colaboração do
blog "palamber!":


http://palamber.blogspot.com/2008/11/ilha-electrnica.html

Danke, Bruno.

Pelo Ilha, salve Ricardo. o meu fiél companheiro de tertúlias ;) Pela paciência e humor (mesmo que negro q.b., hehe).

Tuesday, November 11, 2008

Matthew Herbert Big Band @ Casa da Música

[report audio aqui]

Matthew Herbert HUGE Band?


Foi nesta segunda-feira húmida, na sala Suggia da Casa da Música, que Matthew Herbert e a sua Big Band reciclaram o conceito de jazz experimental com a performance dos 16 elementos em palco orquestrados pela criação complexa do britânico.

A apresentação do novo trabalho "There's me and there's you" foi o mote para a passagem por Portugal.

Herbert inspira-nos. É músico, engenheiro de som, arquitecto, inventor, produtor, compositor: é um criador. Neste último trabalho, pega em temas fortes e políticos como o poder e mune-se de uma parafernália de sintetizadores que lhe permitem explorar toda a plasticidade das composições harmoniosas criadas, por mais desconstruídas que possam soar. Herbert reinventa. Traz um conceito bem definido à produção e recriação do poder da electrónica que se coaduna com o brilhantismo acústico conseguido pela banda. Usando apenas sons do dia-a-dia, que fazem parte da vida e captados no momento, Matthew Herbert é bem claro no que toca à utilização dos mesmos: é proibido sons sintetizados que simulem instrumentos acústicos. Chegou mesmo a escrever sobre os métodos de composição no manifesto intitulado de "Personal Constract for the Composition Of Music".

Depois dos primeiros arranjos, eis que surge a voz límpida, poderosa e arrepiante de Eska Mtungwazi que aquece de imediato os ¾ da sala, de forma ora doce ora sonante.

Todo o espectáculo é um estímulo à criatividade, onde se comprova o poder do conceptual, quando é estritamente pensado e conduzido inteligentemente pelo músico de formação clássica, que estudou teatro e aprendeu piano e violino aos 4 anos.

Tal como Almada Negreiros está para a proliferação dos vários "ismos" de vanguarda, o imaginário de Matthew Herbert e a sua instrumentalização estão para um conceito único da própria vanguarda. O britânico rompe, versatilmente, as fronteiras do digital e manipula o conceito experimental do jazz conseguido pelo conjunto de sopros, piano, contrabaixo e bateria.

No palco, os 16 músicos contracenam com a orquestração Herbertiana - se é que me é permitido empregar esta adjectivação – e partilham uma empatia contagiante onde o próprio Matthew sapateia entre as suas engenhosas brincadeiras e a big band dirigida por Peter Wraight.

A relação cúmplice com a vocalista é evidente: os dois conseguem coordenar-se mesmo quando o produtor tenta confundir o público com as reposições trabalhadas da voz de Eska, gravadas minutos antes. A dada altura, pensamos como é possível ela não se perder nos jogos de (des)construção do britânico e a própria acaba por materializar a mesma complexidade do músico.

Momento curioso: a prova da imaginação de Herbert quando se dirige ao público, "Today we are reading FLASH!" e demonstra o poder sonoro e teatral do ritmo marcado por jornais e revistas (entre elas a cor-de-rosa Flash) a serem rasgados por todos. A guerra de papel que se seguiu realça o sentimento divertido dos músicos, que fizeram de revistas um instrumento, utilizando-as simultaneamente como confetis.

O concerto seguiu uma linha entre o curioso e o inesperado. Apesar das grandes expectativas que já se tem da banda do talentoso experimentalista, a banda divertiu-se a confundir o público com as surpreendentes e agradáveis sensações com que o presenteou. Matthew Herbert Band faz o absurdo, na mais inocente acepção da palavra, parecer normal e consegue que o não convencional seja recebido com sorrisos por quem o ouve.

Podia esperar-se mais uma espécie de autismo justificável (e desculpável) pela capacidade fecundante da criação complexa do compositor mas tal não se verifica, muito pelo contrário – é humilde e emana profissionalismo e diversão, num constante diálogo com o público.

Com uma hora e pouco de espectáculo que pareceu voar, The Audience, foi a recuperada música escolhida para acabar de forma audaz o concerto, num encore "suplicado" de bom grado pela audiência que, só aí, se revela fã do artista. A chave-de-ouro habilmente desenhada por Herbert foi a interactividade com que encerrou o concerto: incentivou o público a entoar a uma só voz, como se de um coro se tratasse, e fez magia com o som captado, fazendo do público parte dessa mesma "Audience" .

Millie Small, the sweetest lollipop :)

Genial :)
A doçura no timbre infantil das origens do ska, anos 60.



Millie Small - My Boy Lollipop ("rare live")

Saturday, November 8, 2008

mais uns parabéns.

Vou repetir um "post" que faz hoje um ano.
Para nós, já lá vão ... 17 anitos. (não oficiais, é certo)

Parabéns, meninas.
Pelo que se construiu e o que ainda falta. *

"(...) Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto."

F.Pessoa in " Impressões do Crepúsculo I "

rinite alérgica.



Que alergia ao pedantismo inaugurado ciclicamente.

bolachas de água e sal e sortilégios.


Quando não há conforto económico e a preguiça é mais que muita para grandes investimentos noctívagos, a festa é neste browser/cpu/cadeira do escritório com aquecedor do lado direito:
(Observem com tento o "solarize effect" a dada altura)



Steve Miller Band - Abracadabra

1ª pessoa do singular. - (ir)regular.

acredito que quando te habituas a ouvir os sintomas dum estado que já Foste anteriormente,
a crise é a própria introspecção.

antes desse passo, estás simplesmente perdido e egocêntrico.


Thursday, November 6, 2008

acerca de quem confunde mera informação com Jornalismo:


Se se diz por aí que "num futuro próximo, seremos todos jornalistas", eu deixo a sugestão:

E por que motivo não criam licenciaturas novas?
Será que o mercado não sente a falta de cursos para profissões que nem:

bloguista? comentarista? ou cronista social?

Já que toda a gente é jornalista e estudos recentes apontam a "CUNHA" como a forma de acesso à profissão ...



p.s.- danke.

Sunday, November 2, 2008

_Roisin Murphy, CdM_

Roisin Murphy é um animal e ela sabe-o.



Foi fenomenal.

Critica ? Fiquei.."speechless"...Mas espero que ainda faça. Merece sem dúvida.
Licença Creative Commons
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