Thursday, May 18, 2017

"animal locomotion" - documentário





Alguns links interessantes e simples para ilustrar melhor o animal flow, que é uma forma de optimizar o treino funcional e o próprio movimento e biomecânica do corpo...Como distinguir asanas ou coreografias de asanas e exercícios de animal flow? A intenção e forma como fazem?
Não necessariamente. São tudo formas de desbloquear a energia e de atingir determinados objectivos - caso os tenham, podem nem sequer ter nenhum e fazê-lo apenas por prazer pessoal. Nada disto é yoga, claro. Posturas de yoga/asanas encadeadas com outros movimentos do corpo não são práticas de yoga...

this is animal flow

10 animal exercises

animal flow equinox

animal flow e yoga

animal locomotion documentary

Ido Portal - site
http://www.idoportal.com/culture

"Movement Culture represents a contemporary paradigm shift in physicality, moving us away from main culprits in movement and fitness as well as the separation between health, aesthetics, performance and art."

Thursday, April 20, 2017

“Li algures que os gregos antigos não escreviam necrológios"

incrível.

Li algures que os gregos antigos não escreviam necrológios,
quando alguém morria perguntavam apenas:
tinha paixão?
quando alguém morre também eu quero saber da qualidade da sua paixão:
se tinha paixão pelas coisas gerais,
água,
música,
pelo talento de algumas palavras para se moverem no caos,
pelo corpo salvo dos seus precipícios com destino à glória,
paixão pela paixão,
tinha?
e então indago de mim se eu próprio tenho paixão,
se posso morrer gregamente,
que paixão?
os grandes animais selvagens extinguem-se na terra,
os grandes poemas desaparecem nas grandes línguas que desaparecem,
homens e mulheres perdem a aura
na usura,
na política,
no comércio,
na indústria,
dedos conexos, há dedos que se inspiram nos objectos à espera,
trémulos objectos entrando e saindo
dos dez tão poucos dedos para tantos
objectos do mundo
e o que há assim no mundo que responda à pergunta grega,
pode manter-se a paixão com fruta comida ainda viva,
e fazer depois com sal grosso uma canção curtida pelas cicatrizes,
palavra soprada a que forno com que fôlego,
que alguém perguntasse: tinha paixão?
afastem de mim a pimenta-do-reino, o gengibre, o cravo-da-índia,
ponham muito alto a música e que eu dance,
fluido, infindável, apanhado por toda a luz antiga e moderna,
os cegos, os temperados, ah não, que ao menos me encontrasse a paixão
e eu me perdesse nela
a paixão grega.”

- Herberto Hélder.

Friday, February 10, 2017

Tuesday, January 24, 2017

a de Amigos.

carta a uma amiga,
 
às vezes fico chateada com os meus amigos.
às vezes fico triste com eles.
amuo, faço birras.
só porque gosto deles
e o tempo, esse, é malandro e os amigos tentam enganá-lo,
mas ele, matreiro, mais que todos os amigos juntos,
ele não vai em cantigas.
na cantiga do amigo o tempo até estica e vai como que não vai,
deixa-se seduzir e corre, voa, pulula e saltita.
mas o tempo, qual abstracção mais falaciosa de todos os tempos,
o tempo passa na mesma.
com amigos passa mais rápido, como que suspiro suspenso que gostaríamos de agarrar,
de trazer para nós, segurar e, depois,
embalar e deixar ir.
como todas as coisas boas. 
precisam de tempo e de serem livres.
os amigos, aqueles mesmo amigos, são aqueles que nos fazem sentir livres,
sem obrigações de estar, de ser, de parecer,
sem obrigações de parecer ser. 
sem obrigações de tempo ter.
só com o tempo que for verdadeiro,
aquele tempo que traz o "A" de Amor, Abertura e Amizade.
aquele tempo que traz o A grande e maiúsculado (e musculado!)
de acção, de AMAR.
porque os amigos amam-se. os que estão perto e os que estão longe.
os que estão por perto, os que estão à frente, atrás, aqui e acolá.
os que olham para nós de cima abaixo, à procura de cada pormenor que nos possa denunciar,
os que olham para nós de lado, à espera da confissão que teima em chegar,
os que olham para nós de baixo para cima, com a admiração crescente da criança q nunca deixaram de ser,
mas nunca de soslaio.
os amigos não olham de soslaio,
não perguntam quando sabem que a retórica impera,
não questionam quando sabem que o momento fugiu,
não se impõem quando sentem que precisamos de nos enganar mais um bocadinho.
os amigos são o que conseguem ser.
e nada mais do que apenas isso.
os amigos são Amigos.

Thursday, January 12, 2017

teimas.

mais que o importante é o caminho até lá.
o caminho para o importante.
os meios termos são como os cinzas, os cinzas são o meio termo do degradé que teima em sê-lo.
e as teimas são como os extremos das paletes de cor. ou o excesso ou a ausência.
não há meios termos nas teimas.
são teimas e ponto.
teimas assim, assado, mas nunca teimas do meio, dos meios termos.
as teimas são pólos, ou tudo ou nada. ou nada ou tudo.
e é no meio do tudo e do nada que a Vida teima - e ainda bem - em Acontecer.
e a Vida, essa, não tem tempo para teimas.


Friday, December 30, 2016

Amor e Magia :)

das coisas que arrepiam sempre.
a maravilharem-nos desde 1995.



Um 2017 cheio de AMOR... para que a Magia aconteça, sempre. :)


Monday, November 28, 2016

pudesse.

pudesse explicar a forma das coisas
e as coisas existiriam por si mesmas,
sem a palavra entrar e distorcer
a possível forma das coisas.
pudesse ouvir a interpretação das coisas
e as coisas planavam pela própria existência,
sem a existência do subjectivo,
da significância atribuída pelo torpor acelerado
da atribuição do significado.
pudesse a pragmática coexistir na ausência
e a semântica das coisas perder-se-ia na interpretação.
pudesse a existência existir sem ser
e a palavra ficaria aqui,
ausente de toda a carga que lhe atribuímos;
e as coisas ficariam por si,
puras, as coisas.
as coisas da pureza são puras só por si,
sem sistemas e descodificações do sentir,
onde a identificação com o dual não deixa espaço
para o pleno, para o existir sem existência.
onde os átomos se desdobram
nas formas simples das coisas.
pudesse aceitar a forma das coisas
e as coisas existiram por si mesmas.

Mora
21h15, 28 Nov. 2016

Friday, November 25, 2016

Do you remember we are dying?

Ask yourself these two questions: Do I remember at every moment that I am dying, and that everyone and everything else is, and so treat all beings at all times with compassion? Has my understanding of death and impermanence become so keen and so urgent that I am devoting every second to the pursuit of enlightenment.

(...)

Western laziness consists of cramming our lives with compulsive activity, so that there is no time at all to confront the real issues.

Sogyal Rinpoche

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