Tuesday, October 28, 2008

acerca de T.Raumschmiere.

um desabafo acerca do último álbum de
t.raumschmiere.
Escrito a sangue quente. com possíveis lapsos de coordenação escrita e, quem sabe, literária.

i tank you – agradecemos o ponto de viragem.

Uns , sim. Outros, talvez não.
Se, para alguns o novo álbum de T.Raumschmiere é uma boa surpresa, para outros fica-se por uma revelação variada e estranha q.b. .
A esta altura, podemos argumentar a heterogeneidade sonora pela plasticidade natural do experimentalista alemão.
Percorre-se o álbum de ponta a pavio e pode voltar-se a percorrer porque o sentimento será, certamente, diferente.
Há muito para explorar neste trabalho que desde vocais em tom de hip-hop alemão misturados com sintetizadores repetitivos, a vozes que ultrapassam o melódico para roçar o neo-industrial conseguido pelos já conhecidos NIN; este álbum ultrapassa qualquer expectativa que se tivesse acerca do brainstorming do produtor polivalente.
Tenho curiosidade em ver T.Raumschmiere numa dupla com Matthew Herbert. Seria um híbrido muito curioso de (a)provar.
O lado sombrio e cru do álbum destoa-se entre qualquer tipo de instrumentalização ou materialização da composição sonora. Qualquer que seja o caminho tomado de assalto por Marco Haas, há pequenos ou totais vislumbres do lado negro de uma sonoridade que chega mesmo a parecer nostágica, independentemente de virgem ao ouvido.
Com uma aposta nas vocalizações masculinas, eis que surge uma marcha a roçar os campos do industrial, com toques de pós qualquer coisa, mantendo-se fiel a hinos facilmente decoráveis.
Mais comercial? , para um outro público? Uns concordam, outros não. Uma coisa é certa: mantém a qualidade.
Pode preencher medidas e deixar vontade de degustar de novo, a fim de encontrar ou aguçar certos paladares. E neste prato, há, sem dúvida, vários elementos para serem saboreados mais ou menos intensamente.

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