Poder aprender enquanto se trabalha, sempre. Com os outros, com aqueles que vão constituindo o nosso mundo e nos ajudam a descontrui-lo, também. A percebê-lo um bocadinho melhor, através de nós próprios, e de nos irmos permitindo descascar as camadas da aparência e sermos (um bocadinho) mais nós mesmos. Quando trabalhar continua a ser aquilo que nos faz mover: um processo de descoberta, de nós enquanto seres individuais, dos outros, desse todo que somos nós.
Ainda que haja alturas em que parecemos perder ligeira (ou totalmente!) o foco e tudo parece uma espécie de buraco negro, onde uma força - vinda de qualquer lado que não o nosso centro - ameaça tentar puxar-nos para além, onde quer que esse além seja. Mas não aqui. Ainda que haja alturas em que aquilo que fazia sentido parece ganhar novos contornos e formas, de forma ao não-sentido ameaçar a querer instalar-se.
Porque há, de facto, momentos em que é preciso desfocar para poder ver melhor.
A filmar para Daily Yoga |
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