Entre leituras profissionais e gostos pessoais, um encontro com um autor que, à primeira vista, parece relativamente datado, ainda que se reflectirmos honestamente, não está assim tão
longe destes tempos...(?) A falsa sensação de
controlo sobre a(s) máquina(s) q temos, talvez, nos conduza a outras sensações. Ironias deste 2014 tão Orwelliano, mesmo 30 anos depois destas palavras.
"Um
novo espectro anda à solta entre nós, e poucos o viram com clareza. Não
se trata do velho fantasma do comunismo ou do fascismo, mas de um novo
espectro: uma sociedade completamente mecanizada, dedicada à máxima
produção e ao máximo consumo de materiais e dirigida por máquinas
computorizadas. (...) O próprio Homem, bem alimentado e divertido,
embora passivo, apagado e pouco sentimental, está a transformar-se numa
parte da maquinaria total."
(Fromm, 1985)
E a isto, acrescento as ideias de Marañón, que reflecte sobre a ânsia e o medo constante do progresso e suas consequências.
"O Homem tem cada vez mais o sentimento profundo e firme de que
controla o seu presente e o seu futuro e ao mesmo tempo o mundo. Isto
leva-o a sentir que não existem limites para o ser humano.
O
Homem acredita num progresso ilimitado e, a partir desta convicção,
toma decisões que realmente o colocam situação de "se endeusar". Este
novo ópio do povo que é a fé no progresso cria uma situação de grvae
dificuldade para o desenvolvimento equilibrado do ser humano e da
sociedade em que ele vive."
E, entretanto, uma amiga sugeriu-me este artigo do Isaac Asimov, como seria o mundo em 2014, segundo uma perspectiva de quem o escreveu há 50 anos.
E, entretanto, uma amiga sugeriu-me este artigo do Isaac Asimov, como seria o mundo em 2014, segundo uma perspectiva de quem o escreveu há 50 anos.
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