atravessas o ermo,
junto àquele rio de cor de peixe,
onde escamas reluzem à sombra
do mais celestial brilho soalheiro
que o teu sorriso provoca ao acordar.
ei-lo, por fim. esse reluzir quase que fresco
de tanta brisa o percorrer,
com a suavidade de semear o amanhecer,
esse acordar, tão terno e aconchegante.
e com os primeiros raios que sorriem
pelos ramos das sombras brincalhonas,
com o sussurrar do vento de norte
que irrompe sem sequer se fazer notar,
até que acordas desse sono constante
de ternura e cafunés ao adormecer.
atravessas o sorriso
do mais discreto acordar,
do sono leve e profundo de quem
se deixou aconchegar,
de quem se escapou à insónia perturbante,
outrora vivida, agora distante.
sorris e fazes sorrir,
no terno abraço
desse corpo,
reluzente e ofuscante,
da cumplicidade deste mar ondulante.
Mora
09-02-2015
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