fazem de ti o que tentas adormecer, num silêncio que borbulha.
...expelindo em borbotões o desapego da memória.
docemente enlevado, esse pedaço de azulácea frescura.
um azul sussurrante de tão gritante que é.
sentido lenitivo.
cores amenas - contraste com o sussurro do azul,
adoçicando o espírito,
quando o suspiro fica suspenso e o amanhã não existe.
hoje o tempo perdura assim,
azul e grave,
de uma rouquidão ambígua,
pendente nesse tempo tão individual.
numa viagem odeada pela iminência do agora.
numa respiração anelante, aquela que sopra brandamente.
como que sinónimo da própria existência, o lugar do azul pingente.
o lugar que é só nosso,
de cada um.
aqui e agora.
Mora Abril'15
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