pudesse explicar a forma das coisas
e as coisas existiriam por si mesmas,
sem a palavra entrar e distorcer
a possível forma das coisas.
pudesse ouvir a interpretação das coisas
e as coisas planavam pela própria existência,
sem a existência do subjectivo,
da significância atribuída pelo torpor acelerado
da atribuição do significado.
pudesse a pragmática coexistir na ausência
e a semântica das coisas perder-se-ia na interpretação.
pudesse a existência existir sem ser
e a palavra ficaria aqui,
ausente de toda a carga que lhe atribuímos;
e as coisas ficariam por si,
puras, as coisas.
as coisas da pureza são puras só por si,
sem sistemas e descodificações do sentir,
onde a identificação com o dual não deixa espaço
para o pleno, para o existir sem existência.
onde os átomos se desdobram
nas formas simples das coisas.
pudesse aceitar a forma das coisas
e as coisas existiram por si mesmas.
Mora
21h15, 28 Nov. 2016
Para qualquer hora sem hora marcada. Um espaço pessoal e de partilha variada. Com deambulações poéticas pelo meio e todo o género de afins. Desentorpecid(a)mente.
Monday, November 28, 2016
Friday, November 25, 2016
Do you remember we are dying?
Ask yourself these two questions: Do I remember at every moment that I
am dying, and that everyone and everything else is, and so treat all beings at
all times with compassion? Has my understanding of death and impermanence
become so keen and so urgent that I am devoting every second to the pursuit of
enlightenment.
(...)
Western laziness consists of
cramming our lives with compulsive activity, so that there is no time at all to
confront the real issues.
Sogyal Rinpoche
Tuesday, November 15, 2016
menina.
que música linda.
que poema bonito.
Menina assenta o passo
sem medo ou manha,
ou muito te passa da vida.
Tem que a ver quem faça
o que muito queira.
Caminha sem falsa fascinação.
O teu coração
ainda pára,
forçando a apatia p'lo medo de dançar.
Não se avista um dia
em que o ego não destrate
uma mais bela parte
escondida em ti.
Menina sê quem passa p'ra lá da ideia.
Quem muito se pensa fatiga.
Nem vais ver quem são,
seus olhos no chão,
os que andam p'ra ver-te vencida a ti.
O teu coração
sem querer dispara
força e simpatia ao Ser que te vê dançar.
Vai chegar o dia em que o medo não faz parte
e, por muito que tarde, esse dia é teu.
Desfaz o Nó,
destrava o pé,
desmancha a traça e avança.
Chocalha o chão,
esquece os que estão,
rasga o marasmo em ti mesma.
Vê corações,
na cara que pões,
vira do avesso esse enguiço.
Desamordaça a dança pra te convencer.
O teu coração
sem querer dispara
força e simpatia ao Ser que te vê dançar.
O teu coração ainda pára,
forçando a apatia p'lo medo de dançar.
--
Márcia e Samuel Úria
que poema bonito.
Menina assenta o passo
sem medo ou manha,
ou muito te passa da vida.
Tem que a ver quem faça
o que muito queira.
Caminha sem falsa fascinação.
O teu coração
ainda pára,
forçando a apatia p'lo medo de dançar.
Não se avista um dia
em que o ego não destrate
uma mais bela parte
escondida em ti.
Menina sê quem passa p'ra lá da ideia.
Quem muito se pensa fatiga.
Nem vais ver quem são,
seus olhos no chão,
os que andam p'ra ver-te vencida a ti.
O teu coração
sem querer dispara
força e simpatia ao Ser que te vê dançar.
Vai chegar o dia em que o medo não faz parte
e, por muito que tarde, esse dia é teu.
Desfaz o Nó,
destrava o pé,
desmancha a traça e avança.
Chocalha o chão,
esquece os que estão,
rasga o marasmo em ti mesma.
Vê corações,
na cara que pões,
vira do avesso esse enguiço.
Desamordaça a dança pra te convencer.
O teu coração
sem querer dispara
força e simpatia ao Ser que te vê dançar.
O teu coração ainda pára,
forçando a apatia p'lo medo de dançar.
--
Márcia e Samuel Úria
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