Monday, August 1, 2016

Flâneur, a respigar o Belo.




           E que bom que é chegar à mais bela livraria da cidade do Porto, a Flâneur, e ter lá estas (entre muitas outras!) belezas à espera. A Cátia e o Arnaldo conhecem-nos, conhecem o nosso imaginário e pensam, carinhosamente, em cada uma das expectativas, vontades e necessidades.
            A Cátia e o Arnaldo são a prova de que as livrarias continuam a existir enquanto lugares de sonho, contemplação e vivência. São o tempo e o espaço do leitor, mais do que isso, são as pessoas amigas que, genuína e verdadeiramente, cuidam do mundo interior de todos, onde cabem e vivem vários imaginários, vários gostos e onde convivem todos os seres. Lugar do belo, da conversa, do diálogo e da partilha. E lugar para e do recolhimento.
            A Cátia e o Arnaldo são os mais belos observadores de desejos e respigadores de memórias e histórias, além de guardarem as estórias para nós entrarmos nelas, depois, quando for o nosso tempo. Chegamos lá e temos à espera aquilo que queremos e aquilo que ainda não conhecemos mas que eles já sabem que vamos gostar.
            A Cátia e o Arnaldo passeiam-nos os sentidos e convidam-nos a criar novas memórias, qual sinestesia, qual contentamento.
            A Cátia e o Arnaldo podiam ser passeantes mas não encontro a beleza que gostaria de lhes atribuir nesta palavra, ainda que a beleza seja sempre a apoteose da subjectividade (variando mediante a interpretação de cada um e no que cada sentido em nós inspira e bebe por este e esse mundo fora…).
            A Cátia e o Arnaldo facilitam-nos o acaso e o abraço da mais bela palavra e acção da vida, a serendipidade.
            Por tudo isto e muito mais, a Cátia e o Arnaldo são amigos dos "livros, das pessoas e das palavras".
            Grata por existirem em nós.

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