o meu
Tio.
O meu Tio
era um Homem com “H” maiusculado.
Um homem
de raça, beirão que era, latinista e do mundo.
O meu tio
era o Meu tio. O meu tio será sempre o Meu Tio.
Também
era meu Padrinho.
O meu tio
gostava de barcos, de pessoas, de justiça e de poesia.
Falava a
mais alta linguagem de todas: a da Humanidade e da Compaixão.
Era um
homem de letra Grande, das Letras e do Direito.
Usava
canetas que ainda hoje utilizo e baixava os olhos nas suas leitura, dando um
jeito ligeiro aos lábios quando se entusiasmava.
Falava
com voz firme e assertiva, de coração doce e olhos penetrantes.
Brilhavam
de entusiasmo, de amor, de justiça.
O meu tio
era um homem bom. Vivia desprendido apesar da matéria toda à volta.
O meu tio
chamava-se João e no meu coração
vive
todos os dias.
O meu tio
João.
(Mora /
28 Julho 2016)
Gosto de
abraçar árvores, falar com elas e com as nuvens.
E gosto de me sentir mais próxima com quem partiu daqui, com
quem já está noutro plano.
As árvores e as nuvens são extensões da mãe Terra e do pai
Céu.
E cada abraço é uma brisa sussurrante no coração.
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