E ela, refastelando-se atabalhoadamente no sofá, encontra qualquer espécie de estranho conforto.
Um conforto como que pausa tardia de quem ocupou o dia com a árdua ausência da verdadeira e produtiva ocupação.
Pensa que não faz mal. Porque é importante assentar ideias e não apenas sentar-se. Pensa que sabe as sensações que sabe experimentar, as áreas a sentir. Não sabe definir categórica, pragmática e assertivamente que funções desempenhar.
O dulce lynx exibe demonstrações de afecto e higiene pessoal. Ela sente ternura e enternece-se. Apetece-lhe sussurrar o quão ternurento lhe é. Sorri e faz um gesto de quase se espreguiçar, entorpecendo-se mais um bocadinho. Deseja que as ansiedades se entorpeçam com ela, enquanto se deixa cair, entorpecidamente, no sofá. Que os receios tenham direito a alguma preguiça. Afinal é fim-de-semana.
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