Apesar da prática de yoga ser, essencialmente, interna, eis alguns dos benefícios e efeitos a curto, longo e médio prazo no corpo e na saúde (além da mental), numa infografia do The Huffington Post.
E, precisamente, porque, o corpo tende a recolher, contrair e prender no Inverno, é necessário não descurar uma prática regenerativa, evitando hibernar totalmente, sempre que a preguiça espreita e deseja invernar um bocadinho (uma coisa é o corpo pedir descanso e respeitarmo-nos, outra é ceder, constantemente, ao natural estado mais entorpecido para onde esta altura do ano, descaradamente, nos tenta levar... :) ).
Daí haver todo um conjunto de opções de prática (e não só!), em função da estação e daquilo que o nosso corpo pede. "Pare, escute e olhe." Parar, escutar o corpo (vá, não vale dar ouvidos àqueles pedidos traiçoeiros que nos fazem tropeçar e fugir do foco!) e agir. Se ele pedir para parar, paramos. Se pedir para alongar, alongamos. Se pedir para ser gentil, somos. Se pedir para preguiçar, venha daí a preguiça. Mas não a preguicite! ;) Contrariar o entorpecimento, por vezes, também é preciso. Se o motivo que nos conduz a essa vontade de inacção é tão falacioso que quase nos engana...! Ou o contrário. Quando não sabemos nem queremos parar. E parar, em determinadas alturas, já é acção que chegue.
Numa perspectiva ayuvervédica, fica a partilha de um artigo que funciona como mini-guia para uma melhor adaptação de cada biótipo/dosha às respectivas estações do ano. Simples e eficaz.
E, coincidindo esta publicação com o solstício desta tão mística estação, o Inverno, torna-se difícil resistir em não recordar as belíssimas palavras de Eugénio de Andrade.
"Velho, velho, velho
Chegou o inverno.
Vem de sobretudo,
Vem de cachecol,
O chão onde passa
Parece um lençol.
Esqueceu as luvas
Perto do fogão:
Quando as procurou
Roubara-as um cão.
Com medo do frio
Encosta-se a nós:
Dai-lhe café quente
Senão perde a voz.
Velho, velho, velho
Chegou o inverno."
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